Um ano de muito trabalho! Após 12 meses dedicados à preparação do solo, a equipe do projeto Águas Cerratenses: semear para brotar concluiu uma fase fundamental no trabalho de restauração realizado na Fazenda São Bento, com o plantio em uma extensão de 105 hectares de Cerrado. Coordenadora do projeto, Alba Cordeiro explicou que para a realização da iniciativa foi feita uma muvuca de sementes, que consiste na mistura das espécies nativas. “Utilizamos seis toneladas de 88 espécies”, salientou.

Conforme a gestora, este marco, no entanto representa uma fase do processo de restauração. “Nós nos preparamos muito para a chegada do plantio que é sem dúvidas um marco dentro das atividades de restauração, mas é importante enfatizar que não se faz restauração apenas com o plantio, este é apenas o start do processo, que pode levar anos até a completa estabilização do sistema. Dentro do projeto ainda temos um ano para atuar na manutenção e controle de retorno das gramíneas exóticas”, explicou.

Fazenda São Bento
Através do método da semeadura direta, na Fazenda São Bento, localizada em Alto Paraíso de Goiás serão restaurados 105 hectares de Cerrado. As atividades foram iniciadas em novembro de 2022.

Sobre o Projeto
Executado pela Rede do Cerrado (RSC), em parceria com a Associação Cerrado de Pé (ACP) e Semeia Cerrado, o projeto “Águas Cerratenses: semear para brotar” visa o fortalecimento da cadeia de produção de sementes nativas de base comunitária para geração de renda familiar, bem como a sensibilização e envolvimento das propriedades rurais. Financiada pelo Fundo Socioambiental CAIXA, a iniciativa vai restaurar 600 hectares de áreas degradadas do Cerrado até 2024.