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PNCV: Equipe da RSC realiza visita técnica a área do Mulungu que será restaurada em parceria com a Associação Cerrado de Pé

Com o objetivo de alinhar os próximos passos da restauração ecológica em uma das áreas estratégicas da Unidade de Conservação (UC), a equipe técnica da Rede de Sementes do Cerrado (RSC), visitou na última semana, no dia 20 de novembro, a região do Mulungu, no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (PNCV) em Alto Paraíso de Goiás (GO). O grupo esteve na área que será restaurada por meio do projeto “Sementes do Cerrado: caminhos para o fortalecimento da cadeia de restauração ecológica inclusiva nos corredores da biodiversidade“, apoiado pelo edital Floresta Viva do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO) e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Supervisor de Restauração da RSC, João Carlos Pereira explicou que a recuperação do Mulungu vai além dos números de hectares que serão restaurados. “A área é considerada referência na adoção da semeadura direta no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, onde a técnica vem sendo aplicada há mais de 15 anos, tornando o local uma das maiores áreas contínuas de restauração com semeadura direta em todo o bioma Cerrado”, disse

Com apoio da RSC, a Associação Cerrado de Pé (ACP) será responsável por restaurar 30 hectares na região do Mulungu. “A restauração, que será realizada pelos próprios coletores de sementes nativas, será fundamental para recuperar a funcionalidade ecológica da área”, reforça João Carlos Pereira.

Outro diferencial do trabalho no Mulungu é o protagonismo das comunidades da Chapada dos Veadeiros. Desde a coleta até o plantio das sementes, são os coletores e coletoras da ACP que conduzem o processo, fortalecendo a economia local, valorizando o conhecimento tradicional e consolidando uma cadeia produtiva de restauração baseada na sociobiodiversidade do Cerrado.

Desafios

João Carlos Pereira detalhou ainda que no Mulungu, o grande desafio é reverter um quadro de forte invasão por gramíneas exóticas, que competem com as espécies nativas e comprometem a biodiversidade local. “Para enfrentar esse problema, combinaremos duas técnicas de restauração: a semeadura direta em área total, em 21,2 hectares, e o enriquecimento/adensamento, em 8,8 hectares. Para realizar a atividade serão utilizadas sementes de espécies arbóreas, arbustivas e gramíneas nativas do Cerrado, coletadas pelas próprias comunidades da região”, concluiu o supervisor. A visita técnica também permitiu avaliar os resultados de ações anteriores e planejar a continuidade da restauração em escala no parque.

 O projeto

Executado pela RSC, o projeto“Sementes do Cerrado: caminhos para o fortalecimento da cadeia de restauração ecológica inclusiva nos corredores da biodiversidade” visa restaurar 200 hectares com espécies nativas do bioma, promovendo a inclusão produtiva por meio da cadeia das sementes e da mobilização comunitária. Vale destacar que o projeto é financiado pelo Edital Corredores da Biodiversidade da Iniciativa Floresta Viva, promovida pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A iniciativa tem como objetivo apoiar projetos de restauração ecológica em diferentes biomas brasileiros, contando com o apoio da Petrobras e do FUNBIO como parceiro gestor.

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