A Rede de Sementes do Cerrado (RSC) realizou neste final de semana, nos dias 11 e 12 de fevereiro um intercâmbio, com aproximadamente 40 coletores, de oito assentamentos que integram o grupo de coletores de Sementes da Região do Araguaia.

O objetivo do encontro que aconteceu em Caseara (TO) foi promover trocas de experiências com foco na estruturação do grupo de coletores da região. De acordo com a vice-presidente da RSC, Anabele Gomes “como é um grupo que está se formando foi importante trazermos a expertise que a RSC adquiriu nesse quesito, acompanhando Associação Cerrado de Pé na Chapada dos Veadeiros desde a criação, mostrando pontos importantes que devem estar atentos como a transparência, tomada de decisões em conjunto e a reponsabilidade de entrar no mercado da restauração ecológica”, disse.

A região apresenta uma demanda cada vez maior por sementes que podem propiciar a restauração da vegetação nativa, por isso contextualizar a cadeia produtiva de sementes, desde acordos de precificação até o mercado potencial é de extrema importância. Anabele Gomes destacou ainda que devido a recente formação, a organização do grupo é surpreendente o que facilita o trabalho e todo o processo na cadeia da restauração ecológica. “O grupo nos surpreendeu com a construção da estrutura da rede e do papel de como cada instituição parceira pode contribuir no processo”.

A presidente Camila Motta e a responsável técnica pela produção de sementes da RSC Natanna Hostmann também participaram da oficina que contou com o apoio da Black Jaguar Foundation e Cooperativa Rural e Natural. A iniciativa foi financiada pelo projeto Cerrado Resiliente – CERES, por meio do Fundo de Promoção de Paisagens Produtivas Ecossociais (PPP-ECOS) gerido pelo Instituto População Sociedade Natureza (ISPN).