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    RSC promove curso de Restauração Ecológica: desafios e oportunidades na década da restauração

    Para discutir temas essenciais como Ecologia, Legislação, Monitoramento, Metodologia, Web Ambiente e o trabalho de base comunitária na perspectiva de Restauração, Sementes e Pessoas, a Rede de Sementes do Cerrado (RSC) promoveu nesta terça-feira, 03 de outubro, o curso sobre Restauração Ecológica do Cerrado. A iniciativa, que reuniu cerca de 55 profissionais que atuam na restauração de áreas degradadas contou com palestras de especialistas no tema.

    Ao falar de Restauração, Sementes e Pessoas, a Analista Socioambiental da RSC, Maria Eduarda Moreira Camargo, destacou que nunca se falou tanto em recuperação ambiental. No entanto, segundo a analista, apesar de índices ambiciosos, em que estima-se a recuperação de 12 milhões de hectares no país, menos de 1% da meta foi concluída, até o momento. “A recuperação oferece não apenas benefícios ambientais, mas também oportunidades econômicas, impactando positivamente a comunidade. Neste contexto a RSC desempenha papel fundamental como catalisador de redes de sementes e grupos de coletores, com um foco no trabalho comunitário de base. Este processo inclui capacitações contínuas, formação de lideranças, inclusão de jovens e promoção da equidade de gênero”, ressaltou.

    Outro ponto mencionado pela especialista, ao se tratar de restauração ecológica é a necessidade de respeitar a diversidade das espécies. “Precisamos incluir áreas savânicas e campestres na recuperação e neste contexto as sementes são consideradas, independente da técnica de recuperação, insumo básico para este processo. Hoje as sementes representam um cenário de oportunidades e inclusão de pessoas”, acrescentou.


    Durante a palestra sobre as metodologias de Restauração Ecológica no Cerrado, o doutorando em Ecologia de Sementes, Maxmiller Ferreira, explicou que o bioma é um mosaico de paisagens, em que 70% é caracterizado como savânico, 6% como campestre e o restante como formações florestais. Ele ressaltou a importância de um esforço coordenado e direcionado onde há uma necessidade de compreender a vegetação local e a gestão adequada dos bancos de sementes, elementos cruciais no processo de recuperação.

    O especialista também enfatizou que o Cerrado possui sementes dispersas ao longo de todo o ano, o que influencia diretamente nas estratégias de restauração de florestas, savanas e campos. Nesse contexto, o preparo adequado do solo, a gradagem e a semeadura direta foram apontados como etapas essenciais no processo de recuperação ambiental.


    O evento, realizado no auditório da UnB, contou com o apoio de Furnas Centrais Hidrelétricas, através do Edital Socioambiental de 2021, no âmbito do Projeto "A pesquisa aliada à prática: subsídios para uma recuperação ecológica inclusiva e adaptada às mudanças climáticas".

    Publicado em 05/10/2023

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