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    RSC aposta em técnicas de beneficiamento para garantir a qualidade das sementes que serão coletadas em 2020

    Em 2019, a Rede de Sementes do Cerrado por meio do Projeto Mercado de Sementes e Restauração: Promovendo Serviços Ambientais e Biodiversidade direcionou suas atividades de capacitação para o beneficiamento das sementes nativas do Cerrado usadas no processo restauração deste importante bioma através da técnica de plantio denominada semeadura direta.

    Para 2020, as expectativas da equipe que atua no projeto continuam com foco na qualidade das sementes conforme adianta a bióloga e professora do departamento de Ecologia da Universidade de Brasília (UnB), Isabel Schmidt.  “Desde 2019, temos buscado melhorar o processamento das sementes e a forma como elas são beneficiadas. Essa iniciativa melhorou muito a qualidade das sementes comercializadas interferindo, consequentemente, no preço final por quilo.  A redução do volume e o aumento da quantidade de sementes disponíveis são outras vantagens deste beneficiamento.  Por exemplo, se em 2018, um saco com 5kg de gramíneas continha cerca de 20 a 50% de sementes, em 2019, a mesma quantidade desta espécie, apresentou um volume muito menor contendo cerca de 80% de sementes puras em cada quilo vendido. Por isso, pretendemos continuar realizando este processamento com as sementes que serão coletadas ao longo deste ano”, explica Isabel.

    Ainda segundo a professora, o ato de beneficiar as sementes garante mais eficácia nos resultados do plantio. “As sementes beneficiadas são mais caras, mas o beneficiamento facilita o processo para quem irá plantar, uma vez que atribui vantagens com relação ao transporte, ao armazenamento e, sobretudo, ao plantio que fica com uma qualidade muito maior durante a semeadura direta”, destacou.

    Gerente do Projeto, a bióloga Camila Motta, ressalta o trabalho de conscientização realizado com os coletores. No ano passado, mais de duas toneladas de sementes foram coletadas pela Associação Cerrado de Pé, na Região da Chapada dos Veadeiros (GO). “Nós estamos falando de um recurso natural, portanto se trabalhamos com planejamento cumprimos o nosso papel de atuar de modo sustentável. Outro fator que precisa ser levado em consideração é que cada espécie tem o seu período de floração e frutificação”, detalhou a gerente.

    Encomendas

    É importante frisar que, com o objetivo de ofertar maior qualidade e variedade de sementes, a RSC trabalha sob encomenda que são realizadas, preferencialmente, no primeiro semestre do ano.

    Para 2020, temos, em estoque, cerca de 30 espécies de sementes nativas do Cerrado. Entre as espécies de gramíneas, arbustos e árvores, disponíveis para a entrega, têm sementes de amargoso (Lepidaploa aurea), capim (C Andropogon fastigiatus), caju, baru, pequi, aroeira, assa-peixe, jatobá do Cerrado, jacarandá dentre outras. Todas essas sementes estão bem conservadas e com alta capacidade de germinação. As encomendas para o ano poderão ser feitas a partir de fevereiro.

    Os interessados em comprar sementes, em estoque, podem entrar em contato via o endereço eletrônico contato@rsc.org.br ou pelo telefone (61)3256 1938.

    Publicado em 21/01/2020

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