Com o intuito de apresentar os resultados do projeto Mercado de Sementes e Restauração: Provendo Serviços Ambientais e Biodiversidade executado com o apoio do Fundo de Parceria para Ecossistemas Críticos (CEPF, Critical Ecosystem Partenership Fund), a Rede de Sementes de Cerrado(RSC) divulga o relatório detalhado das atividades realizadas com foco na conservação da sociobiodiversidade do Cerrado, por meio da geração, troca, disseminação do conhecimento e articulação de parcerias com instituições acadêmicas, governo e sociedade.

A publicação mostra o papel fundamental da RSC ao intermediar as pontas da cadeia entre os coletores da Associação Cerrado de Pé e restauradores.  Conforme os dados apresentados, de janeiro de 2018 até setembro de 2021, foram mais de 1500 pessoas capacitadas por meio de cursos distribuídos em oito áreas temáticas. Além de contribuir nas melhorias de estrutura com materiais de coleta, o acompanhamento do corpo técnico durante as atividades, análise de qualidade das sementes, em parceria com as universidades e o desenvolvimento de estratégias para comercialização dos produtos.

Este trabalho possibilitou o fortalecimento da coleta e oferta de sementes nativas, aumento dos projetos de restauração por meio da técnica da semeadura direta. Ampliação do conhecimento sobre o bioma, o que facilitou na coleta, beneficiamento e armazenamento das sementes. Neste período mais de 11 comunidades foram atendidas e a renda de 118 famílias complementada pela comercialização das sementes nativas. Foram 29 toneladas de sementes comercializadas e mais de R$770 mil repassados aos coletores de sementes por meio da Cerrado de Pé.

Além disso, 900 hectares de área foram conservados através do manejo sustentável de coleta e 646 hectares estão em processo de restauração com as sementes comercializadas pela RSC. Camila Motta, presidente da instituição destacou que a RSC contribuiu para fomentar a restauração ecológica inclusiva, regulamentar a atividade de coleta de sementes, promover o comércio justo deste produto e melhorar a qualidade das sementes e mudas de espécies nativas do Cerrado. “O aporte do CEPF foi fundamental para que pudéssemos trazer qualidade de vida aos povos do Cerrado e trazer benefícios sociais, econômicos e ambientais ao bioma e ao país como um todo”, destaca a Presidente ao de agradecer aos parceiros que tornaram este projeto possível e a equipe técnica pelo comprometimento com o trabalho.

A gestora adianta que em 2022, a RSC seguirá firme na luta pela restauração e conservação do Cerrado brasileiro. O relatório completo pode ser conferido aqui.   

Financiador

Até setembro deste ano, a comercialização de sementes nativas realizada por meio do Projeto Mercado de Sementes e Restauração: Promovendo Serviços Ambientais e Biodiversidade contou com o apoio do Fundo de Parceria para Ecossistemas Críticos (CEPF, Critical Ecosystem Partenership Fund).

O Fundo de Parceria para Ecossistemas Críticos é uma iniciativa conjunta da Agência Francesa de Desenvolvimento, da Conservação Internacional, União Europeia, da Gestão Ambiental Global, do Governo do Japão, e do Banco Mundial. Uma meta fundamental é garantir que a sociedade civil esteja envolvida com a conservação da biodiversidade.