Troca de conhecimentos contribuem para o planejamento estratégico e sucesso da restauração ecológica na região.
A equipe técnica da Rede de Sementes do Cerrado (RSC) realizou, dos dias 11 a 16 de junho, visitas às áreas que foram e serão restauradas em parceria com a Rede de Coletores Geraizeiros, localizadas na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Nascentes Geraizeiras, e em áreas em parceria com a Cooperativa dos Agricultores Familiares e Extrativistas do Vale do Peruaçu, localizada em Januária, no Norte de Minas Gerais.
Com o objetivo de acompanhar o progresso das áreas plantadas na primeira fase do projeto “Restauração Inclusiva em Escala no Cerrado”, e planejar as ações para as novas restaurações da segunda fase do projeto, a equipe técnica da Rede de Sementes do Cerrado (RSC) visitou, entre os dias 11 e 16 de junho, às áreas de restauração ecológica executadas em parceria com a Rede de Coletores Geraizeiros, em Montezuma, e com a Cooperativa dos Agricultores Familiares e Extrativistas do Vale do Peruaçu, localizada em Januária, Norte de Minas Gerais.
De acordo com a Coordenadora do projeto, Jimena Stringuetti, além de possibilitar a troca de conhecimentos entre os grupos, as visitas técnicas permitiram a análise de locais para futuros plantios. “Foi uma ótima oportunidade de mostrar aos coletores, na prática como se faz o monitoramento de áreas restauradas. Falamos também sobre técnicas de restauração que dão os melhores resultados, os fatores que limitam cada área e assim planejarmos tudo para garantir o sucesso da restauração ecológica que acontecerá em outras áreas”, pontua a coordenadora.
Para a Analista Socioambiental da RSC, Maria Eduarda Moreira, a iniciativa de visitar as comunidades inseridas neste processo de restauração inclusiva é fundamental para alcançar bons resultados. A Analista conta que ao visitar as propriedades de pequenos agricultores da região do Vale do Peruaçu e as áreas situadas na RDS Nascentes Geraizeiras, a equipe técnica do projeto identificou os desafios para restaurar as áreas degradadas. “Para a segunda fase do projeto identificamos áreas de areais, com presença de voçorocas e outros processos erosivos, e uma área de vereda com processo extremo de degradação, onde já não existe o solo característico para reter água e suportar a vegetação, fazendo com que no período chuvoso a área inunde em mais de um metro e meio, e na seca fique completamente sem água, sendo um desafio para o sucesso tanto das sementes, quanto das mudas. Desta forma, será necessário utilizar um mix de técnicas de restauração, agregando soluções locais para conseguir recuperar as áreas.”, complementou Maria Eduarda Moreira.
Além do Norte de Minas onde encontra-se parte dos coletores beneficiados com o projeto Restauração Inclusiva em Escala no Cerrado o grupo realizará visitas aos grupos de coletores localizados em outras regiões e que são beneficiários do projeto.
Sobre o Projeto
A Rede de Sementes do Cerrado (RSC) atua na elaboração e execução de diversos projetos socioambientais que visam contribuir com o fortalecimento das organizações de base comunitária, dentre eles o projeto de Articulação pela Restauração do Cerrado (Araticum).
Neste contexto, quatro regiões estão inseridas no projeto que tem como foco potencializar a cadeia de restauração inclusiva gerando benefícios ambientais, sociais e econômicos, buscando aumentar as iniciativas de restauração do Cerrado.
Financiado pela Cargil, o projeto Araticum – Restauração Inclusiva em Escala no Cerrado, tem o objetivo de restaurar 150 hectares em Unidades de Conservação do Cerrado nos estados de Goiás, Minas Gerais e Distrito Federal.
Publicado em 19/07/2023