Com o objetivo de ressaltar a importância da restauração ecológica e a contenção de possíveis surtos de epizootias, com foco na conservação do Cerrado e na qualidade dos ecossistemas, a Rede de Sementes do Cerrado (RSC), participou nesta quarta-feira, 04, de uma visita ao Parque Nacional de Brasília. A iniciativa, organizada pelo Ministério da Agricultura em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) reuniu representantes de diversos países da América Latina e Central.

Analista Socioambiental da RSC, Maria Eduarda Moreira Camargo, explicou que o grupo acompanhou de perto uma área modelo de restauração, evidenciando os resultados concretos deste trabalho. “Uma oportunidade de pontuarmos sobre os benefícios da restauração ecológica para o equilíbrio ambiental, inclusive em proximidade às áreas urbanas, dentro das Unidades de Conservação e também no meio rural. Foi possível conversarmos também como esta atividade pode frear e minimizar o aparecimento e disseminações de possíveis epizootias, principalmente através da qualidade, do equilíbrio dos ecossistemas e do retorno de suas funções”, disse. Epizootias como é conhecido, trata-se de epidemias no mundo animal e representam fenômenos de grande impacto nos ecossistemas.

Outro ponto mencionado por Maria Eduarda foi o trabalho de base comunitária desenvolvido pela RSC. “Como a maioria dos profissionais eram de outros países, trouxemos um pouco do contexto da restauração no Brasil e no Cerrado, trazendo as diferenças vegetacionais do bioma, que trata-se de um mosaico composto por diversas paisagens, assim como a realidade do processo de restauração, em que trabalhamos com sementes vindas de base comunitária que são as comunidades indígenas, quilombolas, geraizeiras, pequenos produtores rurais e assentados”, acrescentou.