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    Dia Mundial do Meio Ambiente: a importância da restauração ecológica e o papel da RSC na conservação ambiental

     

     

    Instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o intuito de chamar a atenção de todas as esferas da sociedade sobre a importância da conservação dos recursos naturais, sobretudo, para os problemas ambientais, o dia Mundial do Meio Ambiente é celebrado, anualmente, em 5 de Junho.

    Este ano, a data marca o lançamento oficial da “Década da Restauração de Ecossistemas”, movimento global, também criado pela ONU, que estima restaurar cerca de R$ 350 milhões de hectares de terras, no planeta, até 2030.

    De acordo com a Organização, mais de 57 países, dentre eles o Brasil, já se comprometeram em realizar a restauração em seus territórios. A iniciativa, segundo a ONU, resultará na redução do efeito estufa na atmosfera, além de gerar emprego e renda às comunidades.

    O apelo por um olhar mais sensível à importância da restauração ecológica tem ganhado o apoio de grupos que acreditam que enfrentar as mudanças climáticas é a melhor forma de garantir o futuro. É neste contexto, que se destaca o trabalho desenvolvido pela Rede de Sementes do Cerrado (RSC), uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), que vem fomentando a conservação do bioma Cerrado por meio da restauração ecológica feita pelo método de plantio denominado semeadura direta.

    Através do projeto “Mercado de Sementes e Restauração: Promovendo Serviços Ambientais e Biodiversidade”, desenvolvido pela RSC em parceria com a Associação Cerrado de Pé, mais de 70 espécies de sementes nativas do bioma são comercializadas para a restauração de áreas degradadas. Essas sementes são coletadas por pequenos produtores rurais, assentados e quilombolas que integram esta Associação.

    Vale lembrar que o Cerrado é considerado o “berço das águas” ou a “caixa d’agua” do Brasil, por se encontrar no Planalto Central, onde estão localizadas as nascentes de todas as principais bacias hidrográficas do país.

    Reforçando a importância da restauração ecológica e da conservação ambiental, o coordenador do projeto e analista ambiental do ICMBio, Alexandre Sampaio, faz o alerta para as consequências da degradação do meio ambiente.  “A produção de água não está funcionando da forma como deveria, ou seja, se a degradação ambiental continuar da forma como está, ficaremos sem água na torneira e teremos as mudanças climáticas locais mais exacerbadas. Ou mudamos, urgentemente, a nossa relação com o meio ambiente ou teremos consequências ainda mais graves”, completa.

    Sampaio ressalta ainda, que muitas áreas essenciais para a sobrevivência dos seres vivos já foram desmatadas. “Nós já temos o conhecimento sobre as áreas que necessitam ter sua vegetação nativa restaurada. Há formas de conciliar o desenvolvimento econômico e a produção agrícola com a conservação do meio ambiente. Um caminho para isso é a restauração ecológica”, conclui.

    O Projeto

    Realizado com o apoio do Fundo de Parceria para Ecossistemas Críticos (CEPF) e do Instituto Caixa Seguradora, o projeto “Mercado de sementes e restauração: provendo serviços ambientais e biodiversidade” engloba várias ações, que vão desde o acompanhamento de todas as fases da produção como a caracterização de áreas de coleta, capacitação dos coletores até o processo de restauração. Além da conservação ambiental, a iniciativa gera renda para mais de 60 famílias da região da Chapada dos Veadeiros (GO).  

     

    Publicado em 05/06/2021

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