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    Dia de Campo destaca técnica da semeadura direta na restauração do Cerrado

    Com o objetivo de divulgar a técnica da semeadura direta utilizada na restauração do Cerrado, a equipe do Projeto Águas Cerratenses: semear para brotar, realizou nesta quarta-feira, 29, um Dia de Campo. Com o tema, Restaurando Cerrado: Muvuca de Capins a Árvores, a iniciativa aconteceu na Fazenda São Bento, localizada em Alto Paraíso de Goiás (GO) e contou com uma programação diversificada com atividades como a muvuca de sementes, plantio, e visita em áreas restauradas.

    Coordenadora do projeto, Alba Cordeiro explicou que foi realizada a muvuca de sementes, que consiste na mistura de diversas espécies de capins, árvores e arbustos. “Nós fizemos a apresentação do plantio mecanizado, com o uso de maquinário agrícola e uma parte manual para que os participantes pudessem vivenciar a experiência do plantio”, disse. A coordenadora salientou que seguindo com as iniciativas de restauração a área receberá manutenções periódicas com capinas manuais para a retirada das Espécies Exóticas Invasoras (EEI) que rebrotam no local.

    Área Restaurada
    Para demonstrar aos participantes do Dia de Campo os resultados concretos da restauração através da técnica de semeadura direta, o grupo visitou uma área localizada no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (PNCV), que foi restaurada há quatro anos. “A intenção era que os participantes testemunhassem os resultados do plantio por semeadura direta, evidenciando a viabilidade da recuperação do Cerrado utilizando sementes. Os capins nativos, muitas vezes subutilizados no plantio convencional, tem resultados efetivos em termos de germinação e estabelecimento com a semeadura direta. Dessa forma, alcançamos o objetivo de sensibilizar os participantes, incentivando-os a conhecer e divulgar essa técnica em seus respectivos estados”, evidenciou Alba Cordeiro.

    Presidente da Rede de Sementes do Cerrado (RSC), instituição executora do projeto Águas Cerratenses, Camila Motta destacou os benefícios da iniciativa. “No que diz respeito à restauração, esse projeto tem trazido grandes resultados, mas ele tem fatores importantes a serem considerados, que é a semente. Esse trabalho de coleta está relacionado às questões sociais, pois gera oportunidade de trabalho às comunidades, aumenta a renda transforma a vida das pessoas”, pontuou. Conforme a gestora da RSC, a parceria da instituição com a Semeia Cerrado e Associação de Coletores Cerrado de Pé contribui para que possam ir além na defesa deste bioma tão importante para o planeta.

    Claudia Monteiro Oliveira da Silva, representante do Fundo Socioambiental Caixa, financiador do projeto, enfatizou a relevância do Águas Cerratenses para o meio ambiente e a sociedade. "É gratificante participar de um projeto tão bem estruturado, com pessoas entusiasmadas que fazem a diferença para o meio ambiente e a sociedade. A Caixa tem a honra de apoiar essa iniciativa, e minha alegria ao testemunhar de perto esse trabalho é imensa. Há um sentimento de pertencimento e orgulho em fazer parte desse processo”, concluiu.

    Participantes
    Promovido em parceria com a Araticum e financiado pelo Conselho Regional de Biologia (CRBIO 4), Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN) e Semeia Cerrado, o Dia de Campo contou com a participação de mais de 40 representantes dentre eles das Secretarias de Meio Ambiente de Goiás, Tocantins, Piauí, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Distrito Federal e de instituições como: Fundo Socioambiental Caixa, WWF-Brasil, Ceres, PPP-Ecos, Cerrado de Pé, Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), The Nature Conservancy (TNC).

    Publicado em 01/12/2023

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