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    “Berço da Águas”: Saiba por que o Cerrado recebe este nome e entenda a necessidade de conservar o bioma

    Rio São Francisco -  Foto : Instituto Oca Brasil · MPDFT
    Rio São Francisco - Foto: Instituto Oca Brasil · MPDFT

     

    Instituído em 1992 pela Organização das Nações Unidas (ONU), o “Dia Mundial da Água” celebrado, anualmente em 22 de março, chama a atenção para a importância da água e, sobretudo, para a necessidade urgente de conservar esse recurso natural tão essencial, que já está em escassez no planeta.

    De acordo com a ONU, 2,2 bilhões de pessoas não têm acesso à água potável no mundo. Caso nada seja feito para conter o uso insustentável dos recursos hídricos e as alterações climáticas, a estimativa é de que esse número chegue a 5,7 bilhões em 2050.

    Mas, qual a relação entre o Cerrado e a escassez de água?

    Também chamado de “Berço das Águas”, o Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul, onde encontram-se as nascentes das três maiores bacias hidrográficas sul-americanas: Amazônica/Tocantins, São Francisco e Prata. Os rios que nascem no Cerrado abastecem 6 das 8 grandes bacias hidrográficas brasileiras e todo o Pantanal. Além do enorme potencial aquífero, o Cerrado representa 5% de toda a biodiversidade mundial.

    Para a Presidente da Rede de Sementes do Cerrado (RSC), Camila Motta, a degradação do bioma causada pela expansão da fronteira agrícola, pecuária, incêndios, desmatamento, dentre outros fatores, tem comprometido não apenas as mais de 12 mil espécies de vegetais, 837 de aves e 199 de mamíferos que vivem no bioma. “A degradação do Cerrado já reflete na oferta de água doce potável que abastece oito regiões no Brasil. É importante que a sociedade tenha consciência que conservar o Cerrado é fundamental para evitar que uma boa parte da população brasileira seja afetada com a falta de água”, explica.

    É neste contexto que Motta destaca o papel da RSC como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) que tem contribuído com a conservação do Cerrado brasileiro. Por meio de pesquisas, informações técnicas e científicas e também, do Projeto “Mercado de Sementes e Restauração: Provendo Serviços Ambientais e Biodiversidade”, a instituição vem promovendo a restauração deste importante bioma na Região Central do País.

    A Presidente ressalta que a iniciativa, que conta com o apoio do Fundo de Parceria para Ecossistemas Críticos (CEPF) e do Instituto Caixa Seguradora, tem desenvolvido um trabalho ambiental alinhado à pauta social, uma vez que a comercialização de sementes nativas permite a geração de renda para mais de 60 famílias da região da Chapada dos Veadeiros.  “A RSC atua no fomento da técnica de plantio da semeadura direta no Cerrado, na capacitação em coleta de sementes nativas oferecidas às comunidades locais e, ainda, na comercialização destas sementes que são usadas na restauração de áreas degradadas. Desta forma, a conservação do bioma é promovida através deste trabalho de base comunitária que gera renda para pequenos produtores, assentados e quilombolas que integram a Associação Cerrado de Pé”, completa.

    Vale lembrar que, em parceria com a Associação Cerrado de Pé, a RSC comercializa cerca de 70 espécies nativas do Cerrado disponíveis em 

    https://www.rsc.org.br/vendas/sementes-nativas

     

    Publicado em 22/03/2021

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