A atuação da Rede de Sementes do Cerrado na restauração de áreas degradadas no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Alto Paraíso (GO), foi destaque, no último domingo, 09, no Programa Globo Comunidade. Além da restauração do Parque, a Rede tem contribuído para recuperar áreas em todo o País. Iniciadas na Região da Chapada dos Veadeiros, as atividades são desenvolvidas em parceria com a Associação de Coletores de Sementes Cerrado de Pé. Nos últimos anos, a restauração ecológica feita de forma inclusiva tem mudado a perspectiva socioeconômica das famílias que vivem na Região.
Na reportagem, a vice-presidente da RSC, Anabele Gomes, destaca o papel da RSC nas questões burocráticas exigidas no processo de restauração. “A RSC é responsável por buscar as sementes coletadas e levar até o campo. Além disso, a instituição realiza um acompanhamento técnico das áreas restauradas. Eu não posso simplesmente pegar essas sementes vender, ou plantar de forma desordenada. A semente tem que sair daqui, e cumpre uma legislação até chegar no campo para restaurar”, detalhou a vice-presidente da RSC.
Já a Presidente da RSC, Camila Motta reforçou os benefícios dos plantios feitos por meio da semeadura direta. “Uma técnica mais barata e mais eficiente ecologicamente. Basicamente você junta várias sementes nativas do Cerrado, tanto de árvores, gramíneas e arbustos, mistura isso e planta diretamente no solo, onde fazemos um cálculo tendo em vista a porcentagem de geminação das sementes e com isso temos trazido o Cerrado de volta”, disse.
Analista do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e coordenador do Projeto Mercado de Sementes desenvolvido pela RSC , Alexandre Sampaio, aproveitou a oportunidade para explicar que são vários meses de trabalho até a semeadura. “É importante salientar que tem todo um processo ao longo de todo o ano. Que leva vários meses, desde a coleta de sementes e preparo do solo, para que a gente chegue no momento do plantio”, ponderou .
Integrante da Equipe Técnica da RSC, Maria Eduarda Camargo, pontua o resultado deste trabalho feito por muitas mãos. “Foi preciso uma intervenção, foi preciso uma ação de restauração. Mas é muito especial ver que essa área ela está voltando, o Cerrado está voltando, os animais estão voltando, a água está voltando e por meio dessas muitas mãos que fazem esse trabalho maravilhoso”, completa.
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Publicado em 12/01/2022