Comercialização de Sementes
Desde 2017, a Rede de Sementes do Cerrado (RSC) comercializa sementes nativas de base comunitária, estabelecendo um elo direto entre quem colhe e quem restaura. Atuamos como ponte entre grupos de coletores e restauradores, promovendo um modelo de comercialização baseado na articulação política, no comércio justo e na valorização dos territórios. Essa dinâmica fortalece a cadeia produtiva das sementes nativas, fomenta a restauração ecológica, regulamenta práticas de coleta e gera impactos sociais, econômicos e ambientais positivos para as comunidades do Cerrado.
A comercialização é feita por meio de encomendas antecipadas e planejadas, que garantem maior diversidade e volume de espécies, e à pronta entrega, quando há disponibilidade no estoque. Neste caso, os pedidos devem ser feitos entre os meses de janeiro e junho, possibilitando que os grupos de coletores se organizem para coletar e beneficiar as espécies solicitadas. A entrega das encomendas ocorre em dois momentos: os capins e alguns arbustos a partir da segunda quinzena de setembro, e árvores e arbustos a partir da segunda quinzena de novembro.
Para realizar um orçamento, basta enviar um e-mail para sementes@rsc.org.br ou uma mensagem de WhatsApp para o número (61) 99161-2427, informando as espécies e as quantidades desejadas. Nossa equipe entrará em contato para esclarecer dúvidas, verificar disponibilidade e concluir o pedido.
Atuando especialmente na região da Chapada dos Veadeiros, em parceria com a Associação Cerrado de Pé (ACP), estruturamos a cadeia produtiva local com foco na formação, no fortalecimento e na capacitação de grupos de coleta. Desde o início dessa atuação, mais de 250 coletores foram capacitados em 25 comunidades, e hoje cerca de 160 famílias participam da atividade — em sua maioria mulheres — que encontram na coleta uma importante forma de complementar a renda e conservar o Cerrado em pé.
Entre 2017 e 2024, a RSC, em parceria com a ACP, comercializou mais de 76 toneladas de sementes, de 116 espécies diferentes, ultrapassando R$ 4 milhões em volume financeiro repassado aos grupos comunitários. Esses resultados expressam não apenas o sucesso de um modelo de restauração baseado em sementes nativas, mas também a força de uma rede que planta diversidade, promove inclusão e movimenta a economia do Cerrado de forma sustentável.